AMA Lauro Müller busca apoio na Alesc para garantir atendimento a autistas dos níveis 1 e 2

A decisão da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) de suspender o envio de recursos destinados ao tratamento de alunos autistas com níveis de suporte 1 e 2 tem gerado preocupação em diversas instituições especializadas de Santa Catarina. Atualmente, os repasses estão sendo feitos apenas para alunos com nível de suporte 3, considerado o grau mais severo do transtorno do espectro autista (TEA).

Como consequência direta, muitas APAEs e AMAs em todo o estado estão sendo forçadas a dar alta a alunos que se enquadram nos níveis de suporte 1 e 2, o que levanta um questionamento urgente: quem assumirá a responsabilidade por esses estudantes? A preocupação recai especialmente sobre as secretarias municipais de educação, que, em sua maioria, não possuem estrutura adequada para absorver essa demanda especializada.

Diante deste cenário, representantes da Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Lauro Müller (AMA-LM), acompanhados pelos vereadores Lindomar Cataneo e Gledson Assis de Oliveira (PSD) e Valdecir Miotello (União), estiveram na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), nesta quarta-feira (9), em busca de soluções.

O deputado estadual Sérgio Guimarães (União), informou que protocolou um projeto de lei que visa eliminar a distinção entre os níveis de suporte, garantindo que os recursos sejam repassados de forma igualitária pela FCEE, independentemente do grau de autismo dos alunos.

A comitiva também foi recebida pelo presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD), a quem solicitaram prioridade na tramitação do projeto. Garcia demonstrou apoio à causa e prontamente atendeu outra solicitação da AMA-LM: a destinação de uma van para o transporte dos alunos assistidos pela entidade. O deputado garantiu que o veículo será entregue ainda em 2025.

Além da van, o presidente da Alesc também anunciou o envio de uma emenda parlamentar, totalizando R$ 600 mil em recursos para a AMA de Lauro Müller. A conquista foi celebrada pela comitiva como um passo importante na luta por mais inclusão, dignidade e acesso ao tratamento adequado para todos os níveis do espectro autista.