Secretaria de Estado da Fazenda divulga calendário do IPVA para 2025 em Santa Catarina
17 de dezembro de 2024
Publicado em: 29 de novembro de 2024
Imagem: Redes Sociais/ReproduçãoNão há quem não lembre o que estava fazendo no dia 29 de novembro de 2016. Era madrugada quando a notícia de que o avião que levava os atletas da Chapecoense para competir na final da Copa Sul-Americana caiu na comunidade Lá Unión, na Colômbia. A tragédia, que completa oito anos nesta sexta-feira (29), tirou a vida de 71 pessoas entre jogadores, coordenação técnica, piloto, jornalistas, e gerou um luto internacional.
Oito anos da tragédia da Chapecoense
A cidade parou. A capital do Oeste, que diariamente é movimentada por moradores da região, comerciantes e turistas se tornou uma “cidade morta”.
“Clima de velório. Uma chuva que Deus mandava, quando ligamos a ‘TV’ e ficamos sabendo do acidente. Foi tipo um choque, parecia que não era verdade. Era final da copa, eles estavam ganhando todas, foi uma tristeza, demorou pra passar”, descreveu Débora Mello, moradora de Chapecó há cerca de 30 anos.
E foi assim para todos. Ao nascer do sol, quem ainda não estava sabendo do ocorrido, foi tomado pela angústia em saber se alguém havia se salvado. As informações chegavam aos poucos, a comunicação era difícil, e o vazio se alinhava ao silêncio da cidade.
Chapecó, apesar de ter mais de 275 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é uma cidade acolhedora, onde a política da boa vizinhança e os costumes de cidade do interior fazem valer o ditado de que “aqui todo mundo conhece todo mundo”. Mas, dessa vez, isso não trouxe um bom sentimento.
“Foi algo inacreditável.. Eu tinha 12 para 13 anos de idade, no ápice do sentimento. O pessoal se abraçava, foi um dia cinza, que todo mundo ficou sem acreditar no que estava acontecendo de fato” conta Carla Cenci, torcedora da Chape desde o berço.
No avião, 77 pessoas haviam decolado. O desespero em saber quem estava na aeronave, quem infelizmente havia partido, quem conseguiu sobreviver. Ao passar do dia, a cada atualização do acidente, a onda do luto aumentava, passando a ser uma tragédia internacional.
Do acidente, apenas seis passageiros conseguiram sobreviver: Jackson Follman, Alan Ruschel, Neto, Rafael Henzel (faleceu em 2019) e os tripulantes Erwin Tumiri e Xemena Suarez.
Desde então, a Chapecoense vem se reconstruindo, mas nunca mais foi a mesma. “Para sempre lembrados”, essa frase marca o sentimento e a perseverança da equipe, moradores e torcedores, que a cada 29 de novembro, revivem o sentimento.
Homenagens
Nesta sexta-feira (29), a Arena Condá estará estará aberta das 9h às 21h para que os torcedores possam prestar suas homenagens, em respeito à memória dos que nos deixaram. O acesso será pelo portão localizado entre as alas norte e social.
“Na parte central do gramado, flores brancas serão dispostas de forma simbólica. No Átrio Daví Barella Dávi haverá uma homenagem junto à fonte que leva os nomes das vítimas. Por fim, à noite, um dos refletores da Arena Condá permanecerá aceso, iluminando o estádio vazio de forma simbólica pelo período de 90 minutos”, comunica o time.
O dia de homenagens se encerra com uma missa intencional, que será realizada na Catedral Santo Antônio, às 18h45.
Via SCC10
17 de dezembro de 2024