O Ministério da Saúde anunciou nesta 5ª feira (18.jun.2020) que editará uma portaria com orientações gerais para os gestores locais que resolverem relaxar o isolamento social. O documento deve ser publicado até esta 6ª feira (19.jun.2020).
“É uma portaria ampla. Atende e orienta a qualquer atividade”, afirmou o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, em entrevista a jornalistas. Citou como exemplos a dinâmica de condomínios, transporte público e outros.
“São orientações gerais visando à prevenção, ao controle e à mitigação da transmissão da covid-19, e a promoção da saúde física e mental da população”, afirmou o nº 2 da Saúde.
“Quando o gestor flexibilizar ações de distanciamento de acordo com a avaliação da curva epidemiológica e capacidade de resposta da área de saúde, vai conseguir com medidas de prevenção mitigar a contaminação coletiva”, disse.
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que é atribuição de governadores e prefeitos decidir sobre adoção ou relaxamento de medidas de isolamento social. O documento do Ministério da Saúde não entra nesse mérito, segundo o secretário.
”A gente não pode entrar nesse mérito do que vai ser essencial e do que não vai ser essencial, do que pode abrir e do que não pode abrir”, declarou Franco. Ele disse que em regiões ribeirinhas, por exemplo, o transporte por barcos é essencial e, em outros locais, não.
O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, afirma que há indícios de que a epidemia no Brasil está entrando em sua estabilização. Esse momento é quando os números de novos casos param de aumentar.
“É claro que a gente precisa acompanhar os dados nos Estados, no país como 1 todos, mas já nos mostra uma tendência de estabilização”, declarou.
Ele ressalvou que há preocupação principalmente com a região Sul. Lá a temporada das doenças respiratórias está para começar. Coincide com o inverno.
O Brasil tem até agora 47.748 mortes confirmadas pelo coronavírus, e 978.142 casos. Nas 24 horas anteriores à divulgação desta 5ª feira (18.jun.2020), foram notificados 22.765 casos e 1.238 mortes.
Reportagem: Caio Sechoto – Poder 360