Já pensou em ir de Nova York, nos Estados Unidos, a Londres, no Reino Unido, em menos de duas horas?
Astartup europeia Destinus quer fabricar uma aeronave hipersônica que pode fazer exatamente esse percurso com passageiros em apenas 90 minutos.
A empresa pretende superar os marcos do avião supersônico Concorde, que há vinte anos teve seus voos suspensos pelos elevados custos operacionais e questões de segurança.
Ele conseguia fazer a viagem atravessando o Atlântico em menos de três horas.
Chamado “Destinus S”, o avião hipersônico está sendo projetado para ser um “jato executivo”, com capacidade para transportar cerca de 25 pessoas.
O avião revolucionário também poderá alcançar aproximadamente cinco vezes a velocidade do som, atingido uma escala de velocidade Mach 5.
A previsão é que o “Destinos S” comece a ser entregue entre 2032 e 2034.
A partir de 2040, a companhia também pretende fabricar outro modelo de jato hipersônico, o “Destinus L”.
Diferente do “Destinus S”, ele seria capaz de transportar entre 300 e 400 passageiros.
Anteriormente, a empresa, com sede na Suíça e uma equipe de cerca de 120 funcionários, já realizou voos bem-sucedidos de outras aeronaves, como o Destinus 1 “Jungfrau” e o Destinus 2 “Eiger”.
Os voos permitiram testar a aerodinâmica dos seus projetos e realizar o primeiro voo na Europa de um avião a hidrogênio não tripulado.
Nos projetos, a Destinus quer usar hidrogênio como combustível das aeronaves. Isso porque o elemento pode ser uma fonte de energia limpa e renovável, cada vez mais barata de produzir e capaz de ajudar os jatos a atingir sua velocidade desejada.
O desenvolvimento de motores movidos a hidrogênio continua em seus estágios inicias, sem muitos sendo usados comercialmente na aviação.
A Airbus, por exemplo, está desenvolvendo um motor a jato de hidrogênio que, segundo ela, começará a ser testado em voos em 2026.
O combustível de hidrogênio também é fundamental para o projeto da Destinus, visto que é um agente de resfriamento eficaz. Isso será essencial para garantir que as aeronaves não superaqueçam durante seus voos.
A empresa espera que até o lançamento do “Destinus L” os preços do hidrogênio caiam significativamente para poderem reduzir os custos dos voos de longo alcance.
Luiza Palermo
*Sob supervisão de Gabriel Bosa