A utilização de cães farejadores para identificar a presença da Covid-19 em aeroportos começou em Helsinque, na Finlândia, e o sucesso foi tamanho que o uso dos animais já foi importado para o Reino Unido. De acordo com o anúncio, seis cães especializados em biodetecção já estão em treinamento na cidade de Milton Keynes, a 70 quilômetros de Londres, para começarem a farejar os passageiros que chegarem à Inglaterra o mais cedo possível. A medida também vem sendo estudada para ser posta em prática nos aeroportos do Chile, onde quatro animais também se encontram em treino.
egundo pesquisa realizada pela faculdade de veterinária da Universidade de Helsinque, os cães são capazes de detectar o novo coronavírus com praticamente 100% de eficácia, a partir de amostras como meias e camisetas de voluntários que testaram positivo para o vírus. No Reino Unido, as amostras para o treinamento foram recolhidas entre 3,5 mil funcionários do Sistema Nacional de Saúde (NHS) do país.
Em um primeiro período, o contato não acontece diretamente entre os animais e os passageiros: os viajantes esfregam na pele um pedaço de pano que em seguida é verificado pelo cão em uma cabine isolada. A medida é tomada para que a privacidade das pessoas seja respeitada, e também pela proteção dos animais. Quem for apontado pelos animais como potencialmente positivo para a Covid-19 – em processo que costuma durar não mais do que sete minutos – é encaminhado para uma testagem convencional a fim de confirmar o diagnóstico.
O êxito do uso de cães farejadores na Finlândia tornou a medida mais uma importante arma a ser utilizada a fim de combater a pandemia e reduzir o impacto e a transmissão da doença. Por lá são 16 animais trocando de turnos a fim para um trabalho constante nos passageiros que chegam ao país. Na Inglaterra a iniciativa está sendo desenvolvida em uma parceria entre a Universidade de Dunham, a instituição Medical Detection Dogs e a Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
Kauê Vieira : Redação Hypeness
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