Durante as buscas, Loeb e seu time trabalharam em parceria com o governo para estabelecer um raio de 10 quilômetros dentro do qual o meteoro poderia ter caído.
Eles, então, fizeram as buscas em um barco, batizado de Silver Star ou Estrela de Prata.
Descoberta de esferas
O cientista disse que encontrou, com ajuda de imãs vasculhando o fundo do mar, 10 micro esferas feitas, principalmente, de ferro.
“Mas, quando olhei o material no microscópio, vi que continha as cores dourada, azul e marrom, e algumas lembravam uma miniatura da Terra”, disse ele em entrevista à emissora.
Uma análise da composição mostrou que os objetos encontrados são feitos de 84% de ferro, 8% de silício, 4% de magnésio e 2% de titânio, além de oligoelementos.
“O fato de que o meteorito era feito de materiais mais duros que os meteoritos de ferro, e que ele se movia mais rápido do que 95% de todas as estrelas próximas ao Sol sugeria que poderia ser uma nave de outra civilização, ou um aparelho tecnológico”, ponderou.
Loeb ainda comparou a situação ao que poderia acontecer caso fragmentos da nave Voyager, da Nasa, caíssem em outro planeta daqui a 1 bilhão de anos.
“Os fragmentos poderiam parecer meteoros. Pode ser que esses fragmentos extraterrestres tenham demorado milhares de anos para chegar aqui, mas o fato é que chegaram”, disse.
Autor do livro “Extraterrestrial: The First Sign of Intelligent Life Beyond Earth” ou “Extraterrestre: O primeiro sinal de vida inteligente além da Terra” (em tradução livre), Loeb disse que as pesquisas e a análises estão apenas começando.
Eles agora estão tentando entender se os materiais são artificiais ou naturais – além de ter a esperança de encontrar um pedaço maior “desta rocha ou tecnologia”.
“Levaremos dezenas de milhares de anos para sair do nosso Sistema Solar ou chegar a outra estrela com as nossas espaçonaves atuais. Este material passou esse tempo todo para chegar até nós, mas já está aqui”, disse Loeb sorrindo.
Por fim, o astrofísico comentou que só precisamos continuar investigando nossos quintais para saber se temos uma “Amazônia interestelar que leva bilhões de anos para viajar”.
Larissa Santiago -colaboração para a CNN